A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal…
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias…
A minha dor é um convento.
Há lírios dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve… ninguém vê… ninguém…
2 comentários:
muito belo.
expressa dor e sofrimento, mas aparentemente mesclados com esperança, a esperança de ser visto, ser ouvido, ser vivido
sublime como a noite e brilhante como a lua
gostei muito mesmo
Narjara, fiquei muito feliz com o seu comentário e preciso dizer também que amei o seu blog, cheio de ótimas referências e com um "quê" poético inspirador. Epero que possamos trocar versos e prosas por aqui.
Um grande abraço!
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