quarta-feira, 17 de setembro de 2008

vermelho verme





nas noites de nervos & troncos
o despertar é vermelho

num trago ultravioleta
me exilo
a calmaria é cantante
o hino das sereias embalam uma fuga

na métrica
:
medo & ânsia

desenho no dorso do corpo
na boca do cálice
uma praga
que se alastra

pandemia
que assola meu sono
água
enzimas
sais inorgânicos

ácido
:
clorídrico & láctico

no ventre do silêncio
“toda lua é atroz e todo sol, amargo”
o precipício é estreito
e fermenta madrugada

Narjara Olivié

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