sábado, 20 de julho de 2013

O poema


o poema
escrevo com
unhas
imito
a substância
aromática
da verdade
nas folhas
carnosas
de um corpo
na morna
amálgama
de suplícios
o verso
desconstrói
meus elementos
&
transcreve
sobre a linha
torta
uma tristeza
encomendada

Latel lam





o asno vencemos pelo cansaço
contra a desistência

não há o que se faça
é inerente ao soluço da dor

macula o labor
é a espera impaciente

um signo em branco
significante para o sentindo

incolor para as coisas
não há dessabor

no prato vazio
sobre a mesa



arm




                                                                                para  Pedro Vianna




à direita da cama
               onde ela se deita
desarma
               derrama
há um braço
                branco
                              estirado
 que dor(me)

 mas ch(ama)